sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma história de romance... eu acho.

E então um belo dia, estava eu a trabalhar, quando me ocorreu o seguinte. Fui buscar um rapaz, em uma cripta, acabei tendo que carregar 3 almas... abaixo uma tradicional transcrição do ocorrido.

MORTE: Páris, vim levar sua alma ao próximo nível.
PÁRIS: Mas ein, não acredito, aquele vândalo me matou...
MORTE: Poisé, a vida não é muito justa... ops, tarde demais.
PÁRIS: Mas está na minha hora mesmo?
MORTE: Sim, sim, é o que está em minha agenda.
PÁRIS: Bem, Então vamos, já que não tem volta mesmo...

Enquanto eu tinha meu pequeno diálogo com a alma recém descarnada, aquele que o matou ainda estava naquela cripta (parando para pensar é um lugar bastante conveniente), dizendo coisas como "Julieta, por que morrestes", o que me deixou um pouco intrigado, pois não me lembrava de ter coletado nenhuma Julieta. Foi nisso que o infeliz sacou uma garrafinha do bolso e bebeu em um gole, e caiu no chão.

ROMEU: *olhando para Morte* Então eu morri? Aonde está minha amada Julieta para que passemos a eternidade em companhia um do outro?
MORTE: Juli... Quem? Sinto muito garoto, nenhuma Julieta morreu...
ROMEU: Tolo ceifador, fui avisado pelo meu servo Baltazar da morte de Julieta!
MORTE: AH! claro, agora seu servo sabe mais sobre quem morre e quem não morre do que eu! Não sei por que eu trabalho tanto...
PÁRIS: ASSASSINO! Tu me tirastes a vida!
ROMEU: TOLO! Me atacastes primeiro!
PÁRIS: Engolirás tuas palavras malfeitor! Desejavas o mal de minha Julieta!
ROMEU: Terá de me matar para ter Julieta! Ela é MINHA amada!
MORTE: Ei, essa área é minha, e poderiam deixar essa pomposidade de lado?

Enquanto os dois novatos discutiam, a garota que estava dormindo ali da cripta levantou e encontrou os dois cadáveres. Começou a chorar, pegou a faquinha do imbecil que bebeu a garrafinha e... bem, digamos que a alma dela também desencarnou.

JULIETA: ROMEU! Meu Romeu!
ROMEU: Julieta! Espere um instante, agora mesmo, matastes a si mesma?
JULIETA: Querido, não poderia viver sem você!
PÁRIS: JULIETA!
ROMEU, JULIETA e MORTE: Cale a boca.
ROMEU: Julieta, então você estava viva?
JULIETA: Mas é claro! Eu mandei que lhe avisassem.
ROMEU: O QUE? Ninguém me avisou de nada sua mentirosa!
JULIETA: O QUE? Não me chame de mentirosa seu... seu... seu MONTÉQUIO! Espero que minha família acabe com a sua, bastardo!
MORTE: hehehe
ROMEU: De que ri Anjo da Morte?
MORTE: Nada não, é que eu já li esse livro...
ROMEU: Meu pai tinha razão, por ti Julieta eu matei, por ti eu morri, e não podes me dizer que estava viva ainda! Sua... VACA!
JULIETA: O QUÊ! Romeu, ainda bem que morreste!
ROMEU: Há olha quem fala, a donzela que se matou...
JULIETA: Essa frase é minha.
ROMEU: Estás a insinuar que sou uma donzela?
JULIETA: Não fostes homem para se matar dignamente e apelou por beber a própria morte
MORTE: Bem, digamos que isso na minha presença fica bastante... ambíguo.
ROMEU: Julieta, maldita seja, VÁ PARA O INFERNO!
MORTE: Verdade, aqui na minha lista diz que ela vai pra lá... e você também Romeu.
JULIETA: O QUÊ? A eternidade ao lado deste verme?
MORTE: É por isso que se chama inferno. E quanto a você Páris, vai pro céu, agora se acabaram a discussão vamos indo. tenho mais o que fazer.

E depois disso tudo, alguém escreveu um livro,  mas esqueceu dessa parte...



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